Só acredito em mim


Quero escrever um poema bonito, 

dos que gostaria de ler,

mas não sei se isso é comigo,

porque me quero fazer entender. 


Ainda assim vou tentar. 

O que é que pode acontecer? 

Talvez eu venha a falhar 

e, mais tarde, a me arrepender. 


Na minha vida, sempre me mentiram. 

"Coisas pequenas e sem importância!" - diziam. 

"É para estimular a imaginação!" 

Ai sim? Pois eu acho que não. 


Gostava de dizer que me fez mais forte, 

mas não gosto lá muito de mentir. 

É a verdade é que não agradeço a minha sorte, 

porque não gostei de como as mentiras me fizeram sentir. 


Podem dizer-me que sou mimada 

e que me queixo sem razão, 

mas a vossa opinião não vale nada 

e, infelizmente, a minha também não. 


Talvez, mais tarde, eu venha a concordar

que tudo isto é uma barbaridade. 

E, como todos, talvez venha a culpar

a minha atual idade. 


Mas neste momento o futuro é incerto

e tudo o que eu tenho é o presente. 

No fundo, tudo o que amanhã será certo, 

hoje, ainda é uma semente. 


Resta-me a mim semear 

o que quero colher amanhã 

e ansiosamente esperar

ter sorte sem talismã. 


Para terminar este poema, 

só gostava de relembrar:

“Seja qual for o teu problema, 

conta contigo para o solucionar.”



Obrigada por leres,
Maria.

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